LIÇÕES APRENDIDAS: COMO FICAR BEM ESTANDO SOZINHO

Descubra como aprender a ficar bem estando sozinho pode ser uma jornada transformadora. Quais são as lições mais valiosas que podemos extrair dessa experiência? Como podemos cultivar a autoaceitação e o bem-estar interior durante esses momentos?

Introdução

O medo da solidão é uma experiência comum para muitas pessoas, e enfrentá-lo pode ser um desafio significativo. No relato pessoal de Jameela, ela compartilha como lidou com seu medo de estar sozinha ao longo dos anos, especialmente durante a transição para a vida universitária. Seu relato ilustra a jornada de alguém que passou de temer a solidão para abraçá-la como uma oportunidade de autodescoberta e crescimento pessoal. Neste texto, exploraremos essa jornada e as lições que podem ser aprendidas com ela.

Do medo à superação: como aprendi a lidar com o medo de estar sozinha

Ao longo dos últimos 19 anos, meu maior medo sempre permaneceu o mesmo. Os medos mais típicos — altura, o escuro, espaços pequenos e cobras — não eram as coisas que mais me assustavam. Meu maior medo sempre foi estar sozinha.

Nunca tive dificuldade em fazer amigos na escola. No jardim de infância, ao final do meu primeiro dia, já estava compartilhando giz de cera usado e segurando a mão do meu primeiro amigo. No meu primeiro dia de ensino médio, fiz outro amigo. Logo depois, conheci as pessoas que se tornariam meus melhores amigos pelos próximos quatro anos. Mas isso era então, e começar a faculdade parecia ser um jogo completamente diferente.

A Transição da Vida em Família para a Solidão da Independência

Se eu não estava com meus amigos, estava com minha família. Eu fazia tudo com eles, desde os jantares diários em nossa mesa até as idas ao cinema e ao Target. Se minha mãe ia ao supermercado, eu ia com ela. Se meu pai estava assistindo a um jogo dos Warriors, eu estava ao lado dele. Entre o tempo que passava com amigos e família, a viagem de 25 minutos para a escola era o único momento em que eu ficava sozinha.

Apesar de ter crescido em São Francisco, meus pais me educaram com um conjunto de valores indonésios, de onde ambos são. Minha irmã mais velha e eu compartilhamos um quarto a vida toda, e ainda dormimos nas camas de solteiro em que crescemos quando voltamos para casa nas férias. Na Indonésia, a família é tudo e meus pais se certificaram de que praticássemos isso todos os dias.

Quando chegou a hora de me despedir das minhas irmãs e pais no estacionamento do Pauley no dia da mudança, implorei para que ficassem mais tempo. Eu sabia que o momento em que visse o carro do meu pai recuar e sair do estacionamento seria a primeira vez na minha vida em que estaria realmente sozinha.

Em Busca de Identidade: Solidão e Autoconhecimento nos Primeiros Meses no Oxy

Nos meus curtos dois meses no Oxy, senti saudades de casa e solidão. Eu tinha tanto da minha identidade ligado ao fato de sempre ter tido amigos, que quando me vi tendo dificuldade em me conectar com as pessoas, senti como se tivesse me tornado uma pessoa diferente.

“O que aconteceu com a Jameela pela qual as pessoas naturalmente se sentiam atraídas? O que aconteceu com a Jameela que era carismática e sempre estava com os amigos?” Eu pensava comigo mesma.

Eu me comparava aos meus amigos do ensino médio que pareciam já estar formando grupos de amigos, e não pude deixar de sentir que estava sendo deixada para trás. Eu continuava me perguntando por que era tão difícil para mim encontrar meu grupo.

Abraçando a Solidão: Uma Jornada para o Autoconhecimento e a Autossuficiência

Logo percebi que tinha menos medo de ficar sozinha e mais medo de as pessoas me verem sozinha. A ideia da minha solidão sendo exibida para todos verem no almoço ou na aula me fazia sentir nauseada. Esse medo me seguia como uma sombra para onde quer que eu fosse.

No início da escola, continuei me esforçando para dizer sim a todos os eventos sociais, para pegar os números das pessoas e passar o menor tempo possível no meu quarto. Eu estava esgotada. Tirar um tempo para ficar sozinha era a única maneira de eu me recuperar do esgotamento emocional e físico que vinha de conhecer pessoas novas e estar em um lugar novo.

Liguei para a minha irmã mais velha, uma junior na faculdade.

“Eu estou sozinha tipo 80 por cento do tempo. É tão bom,” ela me disse.

Se minha irmã, uma das pessoas em quem mais confio, conseguia encontrar paz estando sozinha, talvez eu também conseguisse.

Entrei na biblioteca e vi alguém sentado sozinho estudando. Fui ao MP e notei muitas pessoas sentadas sozinhas comendo enquanto ouviam música ou estudavam. E ao entrar no Quad, vi pessoas sentadas nos bancos sozinhas, olhando para seus celulares ou para os esquilos. Percebi que não era a única que estava sozinha.

Na faculdade, e na vida, é impossível estar com outra pessoa 100 por cento do tempo. Uma vez que me deparei realmente com a solidão, decidi abraçar o fato de estar confortável na minha própria companhia. Eu me disse que poderia ficar sozinha e ser miserável, ou poderia aproveitar ao máximo.

A Arte de Estar Sozinha: Descobertas de Autocuidado e Liberdade

Comecei a ir sozinha para tomar café na York Boulevard depois da aula e descobri que conseguia ser mais produtiva com os meus estudos. Quando estava sozinha, não precisava me preocupar com o que os outros pensavam de mim ou como estava me apresentando.

Nunca apreciei tanto estar sozinha. Agora estou bem comendo sozinha no MP ou indo para a aula sozinha, porque me tornei confortável na minha própria presença.

Agora sei o quão importante é tirar um tempo para ficar sozinha quando você está em um lugar onde sempre há pessoas ao seu redor. Estar sozinha é algo que agora espero e valorizo, mas nunca me senti assim antes de começar a faculdade.

Agora sei que estar sozinha significa cuidar de mim mesma. Ter meu próprio tempo é uma necessidade, e é um passo para aprender mais sobre mim mesma. Estar sozinha não é algo a se temer. Não faz de você uma solitária ou alguém que não é amável. Encorajo você a se levar para um encontro com café, a fazer uma caminhada e ouvir seu podcast favorito, a ficar em casa e assistir a uma boa comédia romântica se sentir vontade.

Estar sozinha não significa sempre ficar sentada no escuro se sentindo miserável. Estar sozinha pode ser sentir as folhas de outono sob seus pés em uma caminhada, ou saborear um chai latte quente pela manhã, cantar sua música favorita da Rihanna ou fazer aquarela no seu quarto. Pode significar estar em paz e se curar. Estar sozinha não precisa significar estar solitária.

Conclusão

A jornada de Jameela mostra que estar sozinho não significa necessariamente solidão. Aprender a apreciar a própria companhia e encontrar paz na solidão pode ser um processo libertador e enriquecedor. Através da autoaceitação e do autocuidado, Jameela descobriu que estar sozinho pode ser uma oportunidade para se conectar consigo mesma e explorar novos interesses e paixões. Encorajamos todos a abraçar momentos de

solidão como uma chance de crescimento pessoal e autoconhecimento. Estar sozinho não é um sinal de fraqueza, mas sim uma oportunidade de fortalecer a própria identidade e encontrar um equilíbrio interior. Que a experiência de Jameela sirva de inspiração para todos que enfrentam o medo da solidão, mostrando que é possível transformar esses momentos em uma jornada de autodescoberta e bem-estar.

Com conteúdo theoccidentalnews.com

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